Standard (EADGBE)

Intro

somos a fachada

de uma coisa morta

e a vida como que a bater à nossa

porta

quando formos velhos

se um dia formos velhos

quem irá querer saber quem tinha razão

de olhos na falésia

espera pelo vento

 ele dá-te a direcçã

ninguém é quem queria ser

eu queria ser ninguém

a idade é oca e não pode ser motivo

estás a ver o mundo feito um velho

arquivo

eu caminho e canto pela estrada fora

e o que era mentira pode ser verdade

agora

se o cifrão sustenta a química da vida

porque tens ainda medo de morrer

faltará dinheiro

faltará cultura

faltará procura dentro do teu ser

ninguém é quem queria ser

eu queria ser ninguém

diz-me se ainda esperas encontrar o

sentido

mesmo sendo avesso a vê-lo em ti

vestido

não tens de olhar sem gosto

nem de gostar sem ver

ninguém é quem queria ser

ninguém é quem queria ser

eu queria ser ninguém